Eucalipto
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EUCALIPTO

• É uma árvore como qualquer outra na natureza. Mas uma árvore muito especial, que tanto produz madeira para atender às necessidades do homem, como ajuda a preservar as florestas nativas.

• É uma planta exótica (não é nativa do Brasil), assim como o café, o milho, a soja, a cana-de-açúcar e várias outras culturas amplamente cultivadas em nosso país.

• Nas áreas estudadas, as crenças de que o eucalipto seca a terra não se sustentam. Seu consumo de água é semelhante ao das florestas nativas e suas raízes permanecem distantes dos lençóis freáticos.
 
• O eucalipto leva aproximadamente sete anos até ser colhido e, portanto, requer poucas ações do homem sobre o solo. Ele pode ser cultivado em terrenos de baixa fertilidade natural e não exige muitos nutrientes e defensivos agrícolas em comparação com outras culturas.
 
• Manejado de forma adequada, o eucalipto propicia a proteção e a conservação da biodiversidade. A crença de que ele cria um deserto verde não se justifica.
 
• Com seu crescimento rápido, o eucalipto ajuda a absorver o gás carbônico da atmosfera, devolvendo oxigênio puro à natureza. O papel das florestas plantadas de eucalipto é, portanto, fundamental no esforço da humanidade em neutralizar os gases de efeito estufa responsáveis pelo aquecimento da Terra.
 
• A contribuição do eucalipto para o desenvolvimento sustentável do Brasil é crescente. As atividades ligadas ao setor florestal já respondem por boa parcela do nosso PIB e geram milhões de empregos diretos e indiretos. Tudo isso, ajudando a proteger o meio ambiente.
 
O eucalipto, originário da Austrália, possui diferentes espécies e as mais variadas condições de adaptabilidade ao clima, solo e altitude. No Brasil, as plantações de eucalipto ocupam hoje 4.258.704 hectares, sendo que 29% estão em Minas Gerais, 22% em São Paulo,14% na Bahia e o restante distribuídas entre os outros estados. (dados da Abraf 2009 - ano base 2008)
As taxas de crescimento do eucalipto no Brasil são bastante superiores as observadas em outros países, principalmente pelas condições climáticas tropicais, o alto índice de insolação, as chuvas bem distribuídas ao longo do ano em várias áreas, disponibilidade de áreas para expansão florestal e menores custos de produção. E por isso, sua produção pode ser considerada uma boa fonte de renda alternativa para agricultores e pecuaristas brasileiros, que querem diversificar sua atividade e ter um rendimento sustentável ao longo do tempo.

Rentabilidade
A produção de eucaliptos é interessante para aquele produtor que quer diversificar as culturas em sua propriedade, mas que não seja tão imediatista na obtenção da primeira receita. O tempo de desenvolvimento do eucalipto ser um pouco maior, dependendo da finalidade para a qual foi plantado, mas em geral tem um ciclo de produção de 5 a 6 anos.
Para a construção civil, por exemplo, o eucalipto pode ser utilizado a partir de dois anos; para a lenha, podem ser realizados cortes a partir de cinco anos; e para a utilização de matéria-prima para a fabricação de móveis, o tempo de desenvolvimento deve ser maior, acima de dez anos, dependendo do manejo dado à floresta. E são muitos os produtos derivados do eucalipto, produzidos a partir da madeira, da celulose, do etanol celulósico, das folhas, das flores.
O custo de implantação é muito variável e dependerá da tecnologia empregada pelo produtor. No entanto, o eucalipto é uma cultura de fácil administração, manejo e baixo custo, e segundo o Conselho de Informações sobre Biotecnologia, em comparação com a agricultura, a produção de eucalipto apresenta o consumo hídrico parecido com o do café e inferior ao da cana-de-açúcar, tornando-se bastante atrativa e lucrativa.
Sustentabilidade
Os benefícios da plantação de eucaliptos em uma propriedade rural são muitos, sendo um dos mais importantes a redução da necessidade de desmatamento das florestas naturais, colaborando em grande escala para minimizar o aquecimento global.
O sistema agrossilvipastoril, combinação de árvores, cultura agrícola e animais numa mesma área ao mesmo tempo ou de forma sequencial, sendo manejados de forma integrada, é uma alternativa viável para o uso consciente da terra.
O plantio de árvores em pastagens pode resultar em vários benefícios para os componentes do ecossistema: clima, solo, micro-organismos, plantas forrageiras, sequestro de CO2 da atmosfera e animais. Do ponto de vista econômico, social e ambiental, a produção de eucalipto pode melhorar o bem estar e da qualidade de vida do produtor, com a agregação de valor econômico na propriedade rural através da exploração da madeira, do melhor desempenho produtivo e reprodutivo dos animais e da conservação dos recursos naturais do ecossistema.
 
Produção
Assim como qualquer outra cultura, a produção de eucalipto requer alguns cuidados na hora do plantio, sendo necessário avaliar dados importantes e relevantes para o planejamento, como a definição da área, aspectos legais, definição do plano de manejo e procedimentos silviculturais. Após o plantio, o produtor deverá monitorar a área periodicamente, controlando as pragas, ervas daninhas e irrigando na falta de chuvas.
Desde quando começou a ser plantado intensivamente, discute-se o efeito negativo do eucalipto sobre a disponibilidade de água. A razão é óbvia: como seu crescimento é vertiginoso, o consumo de água pela planta é acentuado. Daí consolidou-se a fama de que o eucalipto "seca o solo".
As pesquisas florestais comprovam que as árvores de eucalipto consomem a mesma quantidade de água que outras espécies vegetais e, inclusive, que as matas nativas. O eucalipto usa a água disponível de forma mais eficiente, produzindo mais madeira com a mesma quantidade de água. (Paula Lima, 2004).
Construiu-se no passado, pela falta de conhecimento científico, um preconceito contra o eucalipto. Recentemente, o discurso ecologista valorizou as florestas nativas contra as espécies exóticas, como que condenando as florestas plantadas de eucaliptos e pinus.
Ora, é certo que ambas essas espécies são exóticas. Quase todas as culturas agrícolas também o são: milho, soja, arroz, feijão, cana-de-açúcar, café, batata, laranja, etc. Apenas a mandioca é nativa do Brasil. Portanto, nada há de estranho, nem diferente, nessa matéria, entre a agricultura e a silvicultura.
A cadeia produtiva de celulose e papel mantém, comparada com as demais do agronegócio, um volume superior de áreas naturais protegidas. A área de conservação cobre 2,6 milhões de hectares, abrangendo a totalidade das áreas de preservação permanente e as de reserva legal, nelas incluídos parques e reservas nativas, e as reservas Particulares do Patrimônio Natural, integrantes do Sistema Nacional de Unidades de Conservação do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Tal proteção tem efeito de mitificação relevante, que caracteriza o setor na questão da biodiversidade.
Outras Utilidades: o eucalipto também remove gás carbônico (CO2) da atmosfera, contribuindo para minimizar o efeito estufa e melhorando o microclima local. Por fim, o eucalipto protege os solos contra processos erosivos, conferindo-lhes características de permeabilidade, aumentando a taxa de infiltração das águas pluviais e regularizando o regime hidrológico nas áreas plantadas.
 
Por que eucalipto?
O eucalipto é uma árvore bastante versátil e com inúmeras aplicações industriais. Algumas espécies são utilizadas para a produção de celulose; de outras, são extraídos óleos essenciais com os quais são fabricados produtos de limpeza, alimentícios, perfumes e remédios. 
Com a madeira, tradicionalmente, são produzidas tábuas, sarrafos, lambris, ripas, vigas e postes, entre outros. 
Importância econômica
Algumas das suas espécies foram exportadas para outros continentes onde têm ganho uma importância econômica relevante, devido ao fato de crescerem rapidamente e serem muito utilizadas para produzir pasta de celulose, usada no fabrico de papel, carvão vegetal e madeira. Alguns defendem que a plantação de eucaliptos permite evitar o corte e abate de espécies nativas, para tais fins, pelo que seriam uma opção adequada a terras degradadas, promovendo-se a economia onde são cultivadas. Contudo, o assunto mantém-se polêmico.
A competitividade do setor florestal brasileiro é crescente, fruto das condições climáticas e da tecnologia desenvolvida pelas empresas e instituições de pesquisa do país, e dentro deste cenário se destaca a produção de eucalipto.


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